Uma das principais características da economia mexicana é a incomum força de três grupos -- o Estado, as empresas americanas e os magnatas locais. O primeiro é dono do monopólio do petróleo, maior e mais rentável negócio do país. O segundo é formado por companhias como Wal-Mart e Citigroup, que avançaram em seus setores por meio de aquisições. E o terceiro manda, basicamente, no resto. Sete empresários locais, apelidados de los tycoons, lideram conglomerados que dominam setores como mineração, metalurgia, telefonia e mídia. À frente desse grupo está Carlos Slim Helú, dono da maior fortuna do mundo. Na última década, ele se tornou também o primeiro dos bilionários mexicanos a investir no Brasil -- e o fez de maneira agressiva, ao comprar seis operadoras e transformá-las na Claro, terceira maior operadora de telefonia móvel do país. Nas últimas semanas, Slim ganhou companhia. Um de seus principais rivais, o empresário Ricardo Salinas Pliego, também decidiu entrar no Brasil. Dono da maior rede de varejo de eletroeletrônicos, a Elektra, e do terceiro maior banco do México, o Azteca, Salinas vai abrir até o começo do ano que vem 12 lojas e 12 agências bancárias nas regiões Norte e Nordeste do país. O investimento inicial não passa de 25 milhões de dólares, mas analistas e concorrentes esperam para logo o anúncio de investidas maiores. Segundo EXAME apurou, no momento Salinas negocia com cinco redes de varejo brasileiras. A idéia é comprar pelo menos uma delas nos próximos meses. "Estamos estudando a possibilidade de adquirir uma rede de varejo local", diz Luiz Niño, vice-presidente do conselho do banco Azteca.
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