Os esforços para restabelecer os cabos submarinos que afetaram as comunicações entre a Europa, a Ásia e o Oriente Médio, na última semana, sofreram um revés após um dos cabos danificados ter se rompido pela segunda vez e, agora, em maior profundidade. Engenheiros da France Telecom havia finalizado os reparos no cabo Sea Me We 4 em 25 de dezembro, mas o cabo se rompeu novamente em um local diferente, desta vez a 388 quilômetros da costa da Alexandria, no Egito, informou um porta-voz da France Telecom nesta segunda-feira (29/12). O navio "Raymond Croz", que fez o primeiro reparo, estava a caminho da Sicília para conseguir mais cabos e reparar o segundo rompimento, que ocorreu a mais de 3 mil metros de profundidade, detalhou o porta-voz.As operadoras supõem que os primeiros rompimentos tenham sido causados por redes de pescadores, por uma âncora de navio ou mesmo um terremoto submarino. Eles ocorreram em uma parte rasa do Mar Mediterrâneo entre a Sicília e a Tunísia, em uma profundidade de poucas centenas de metros.O "Raymond Croz" deve chegar ao local do rompimento do cabo em 31 de dezembro e os reparos não devem ser finalizados antes do dia 5 de janeiro, atrasando em 10 dias o prazo inicial previsto para o restabelecimento da estrutura. O Sea Me We 4 é um dos quatro cabos submarinos rompidos no dia 19 de dezembro, prejudicando o tráfego de voz e internet entre a Europa e diversos países na África, na Ásia e no Oriente Médio, incluindo Egito, Índia e Cingapura.Grande parte do tráfego foi desviada pelo Pacífico e pela América do Norte, provocando lentidão nas velocidades de conexão entre a Europa e a Ásia. A France Télécom, que faz parte de um consórcio que opera os cabos submarinos, deu prioridade ao conserto do cabo Sea Me We 4 e não informou prazos pra que o cabo Sea Me We 3 seja reparado.A Reliance Globalcom, que opera os cabos Flag Telecom Europe-Asia e Go-1, também rompidos em 19 de dezembro, disse que espera reparar ambos nesta segunda-feira.
Do IDGNOW.com.br
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